O meia-atacante Alejandro Martinuccio está muito próximo de ser o novo reforço do Palmeiras. Na noite de quinta-feira, enquanto o jogador argentino atuava pelo Peñarol-URU diante do Universidad Católica-CHI pela Taça Libertadores, a diretoria palmeirense acertava detalhes com os empresários argentinos donos dos direitos econômicos do atleta, de 23 anos. As duas partes chegaram a um consenso em relação a termos de contrato, e o documento foi enviado para o Uruguai – apenas para receber a assinatura do jogador, que deve ser do Verdão pelos próximos três anos. O anúncio oficial só sai após a participação do Peñarol na Libertadores. Os uruguaios pegam o Velez Sarsfield-ARG nas semifinais.
No Peñarol, Martinuccio costuma atuar mais avançado. Mas ele pode atuar também como meia, e a diretoria do Palmeiras acredita que ele possa fazer sombra a Valdivia, que se recupera de lesão na coxa esquerda. Os frequentes problemas físicos fizeram o clube correr atrás de uma opção para substituí-lo e, eventualmente, jogar ao lado do Mago. Como atua mais pela faixa esquerda do campo e é veloz, o argentino tem características um pouco diferentes, o que facilita a composição da dupla.
Buscando opção barata no mercado para compor a equipe que disputa o Campeonato Brasileiro, o Palmeiras vai adquirir apenas 20% dos direitos econômicos de Martinuccio, em um valor que chega aos 500 mil dólares (cerca de R$ 800 mil). Em caso de futura negociação, o Palmeiras fica apenas com essa porcentagem do valor.
- É uma boa oportunidade para o Palmeiras, mas não há nada confirmado em relação a isso. Vamos esperar o fim da Libertadores – afirmou brevemente o vice-presidente Roberto Frizzo.
A princípio, a cúpula palmeirense esperaria justamente o final da competição para iniciar negociações. No entanto, pessoas próximas a Frizzo e ao presidente Arnaldo Tirone convenceram a dupla de que era melhor assegurar logo o acerto com Martinuccio. Por isso, o acordo foi alinhavado rapidamente, e o contrato elaborado ainda na noite de quinta.
No Peñarol, o discurso também é de mistério, mas o clube não coloca Martinuccio nos planos para a sequência da temporada. O argentino já tinha recusado proposta do futebol russo em fevereiro, e teve como promessa a liberação ao fim de seu contrato, em junho. Assim, bastou ao Palmeiras conversar diretamente com o grupo de empresários e acertar salário e tempo de contrato. Os vencimentos do argentino são considerados baixos para o padrão brasileiro.
- No futebol sul-americano, em geral, os salários são menores. Isso facilita – disse Frizzo.
Com o acerto, o Palmeiras não deve mais investir em Jonathan Fabbro, outro argentino, que atua no Cerro Porteño-PAR. Além de ter um salário mais alto, ele já tem 29 anos e teve passagem apagada pelo futebol brasileiro em 2006, no Atlético-MG. A diretoria palmeirense cogitava trazer os dois ao mesmo tempo, mas voltou atrás e acredita que apenas Martinuccio já será suficiente para compor o setor ofensivo. Vale lembrar que Maikon Leite, do Santos, também chega para o ataque e se apresenta no fim de junho.